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Biografia

Mariana Zwarg é flautista, saxofonista, compositora e arranjadora. Nascida no Rio de Janeiro na década de 1980, faz parte da terceira geração de uma família musical de múltiplas raízes. 

 

Hoje, Mariana representa no Brasil e no mundo a música universal que recebeu de herança de seu padrinho, Hermeto Pascoal, com quem seu pai, Itiberê Zwarg, toca há mais de 40 anos. “Quando nasci, meu pai já tocava com ele, e a minha música é muito ligada à estética da música universal.”

 

Além disso, é neta do pianista e compositor Antônio Bruno e cresceu ouvindo as referências musicais de seu avô, que na década de 1950 foi gravado por grandes nomes da música brasileira da época, entre eles Maysa, Silvio Caldas, Isaurinha Garcia e Elizete Cardoso.  

 

Carrega desde pequena a profunda lembrança de acompanhar seu pai nos estudos e ensaios musicais. Pelas manhãs, ouvia-o tocando seu baixo sozinho, em casa. À tarde, ao voltar da escola, ia para os ensaios da banda com seu irmão e os filhos dos demais músicos, e comparava o mesmo trecho tocado por seu pai, dessa vez com os outros instrumentos. “Eu lembrava: ‘olha, essa parte do baixo encaixa aqui, nesse lugar da música’”.

 

Recorda-se, ainda, de seu fascínio ao vê-los no palco, tocando para um teatro lotado, e da energia que emanava de sua música. “São muitas lembranças. Foram muitos anos frequentando os ensaios, viajando junto e convivendo”.

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Nasce uma flautista

Embora sua formação musical tenha começado naturalmente em sua infância, Mariana começou a tocar flauta somente aos 21 anos, após desistir da licenciatura em Psicologia, o que aconteceu de uma maneira bastante inesperada.

 

Em sua adolescência, não planejava ser artista devido à instabilidade que enxergava na carreira. “Como sempre fui muito certinha, tirava notas boas na escola e era super organizada desde criança, pensava: ‘essa vida não é para mim’”. Assim, estudou para o vestibular em Psicologia e passou em três universidades federais, tendo escolhido cursar na Universidade Federal Fluminense (UFF).  

 

Seu primeiro contato com a flauta aconteceu apenas no último ano da faculdade, em 2001. Em uma das festas universitárias na casa de um amigo, uma flauta encostada em um canto chamou sua atenção. Assoprou o instrumento despretensiosamente algumas vezes e a paixão foi instantânea. Levou-a emprestada para casa e não largou mais. “Quando vi, eu só queria tocar flauta!”

 

Desde então, entregou-se completamente à sua paixão. “Eu era muito jovem na época e estava muito apaixonada. Aquele tipo de paixão que você fala: ‘não consigo pensar em fazer outra coisa’”. 

 

De lá para cá, construiu uma vasta carreira musical inspirada, sobretudo, na música universal de seu padrinho e que ouvia seu pai tocar desde criança. 

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Carreira musical

Quando decidiu se dedicar à flauta, juntou-se à Itiberê Zwarg Orquestra Família, grupo em que tocou durante dez anos e com o qual participou dos principais festivais de música do Brasil e América Latina e da gravação de dois CDs: “Calendário do som” (2005) e “Contrastes” (2009).

 

Em 2009, a Itiberê Orquestra Família tornou-se Itiberê Zwarg e Grupo, com uma

formação menor. Com o conjunto, também participou de importantes festivais tanto na América Latina como na Europa, e gravou dois álbuns: “Identidade” (2011)”e “Intuitivo” (2018), além do DVD “Na tela da Imaginação” (2014).

 

Em 2015, foi a flautista e condutora assistente de um grande projeto na Finlândia: a estreia da “Universal Music Orchestra” no Festival de Helsinque. Na ocasião, também participou da gravação de uma obra que foi composta por Itiberê Zwarg, interpretada pela UMO Jazz Orchestra, uma big band finlandesa, e apresentada por Hermeto Pascoal como o principal solista. O projeto foi concebido como uma celebração do 40º aniversário da UMO Jazz Orchestra, e o CD resultante, “Universal Music Orchestra” (2015), foi lançado no Brasil pela Biscoito Fino.

Caminho solo 

Começou sua carreira solo em 2015, quando foi convidada para participar de um festival em homenagem à música brasileira no “Tallers Musicals of Avinyo”, na Espanha.

 

O convite surgiu inesperadamente. Na época, Mariana participava de um grupo de forró em que fazia a flauta, os arranjos e a direção musical. Eles tocavam em um lugar pequeno no Rio, em uma proposta despretensiosa. Certa vez, um grupo de espanhóis catalães a assistiu e se encantou pelas músicas. “A cantora me apresentou. Eles se interessaram, gostaram dos meus arranjos e me convidaram para tocar no verão europeu de 2015, em agosto, quando fariam um festival dedicado ao ano do Brasil”. 

 

Mariana nunca havia atuado como band leader antes, mas aceitou o desafio e se preparou arduamente, tendo virado noites estudando como fazer arranjos para big band. “Nesse festival, dirigi 80 músicas, foi super intenso, mas foi ótimo! Os músicos amaram. Quando vi, tinha dado certo: todos tocavam a minha música empolgados e felizes de estarem ali.”

 

O trabalho deu tão certo que Mariana foi convidada para retornar ao festival no ano seguinte, dessa vez para fazer um tributo em homenagem a Hermeto Pascoal, que completaria 80 anos. 

 

Explica, aliás, que música universal é como seu padrinho batizou o movimento musical estético que criou nos anos 1970. Diz que, durante a carreira de Hermeto, chegaram a denominar sua música de jazz brasileiro, expressão com a qual o músico não concorda. “Ele diz que sua música é universal em uma referência a não ter fronteiras”, explica. 

 

Assim, em 2016 Mariana retornou à Europa com um grupo musical internacional composto por seis integrantes que se formou para o projeto. Naquele ano, tocaram exclusivamente as músicas de Hermeto, mas com os arranjos da flautista.

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Mariana Zwarg Sexteto Universal

Ao final da turnê em 2016, os integrantes decidiram seguir com o projeto e sugeriram que Mariana compusesse suas próprias músicas, o que a deixou surpresa e muito feliz.

“Eles disseram: ‘mas por que você não faz as suas músicas agora? Eu nunca tinha pensado em fazer um trabalho solo”, afirma. Com o estímulo dos colegas, começou a escrever, a princípio bastante insegura se soava bem ou não. “Mas cada vez que eu chegava de volta na Europa e ensaiávamos, eles diziam que estava lindo. Me deram muita força!”

 

Fruto desse encontro, então, nasceu a formação que se consolidou em 2017 e recebeu o nome de Mariana Zwarg Sexteto Universal, uma banda composta por músicos internacionais cuja principal referência é, sobretudo, as composições de Mariana inspiradas na música universal. 

 

Com o sexteto, Mariana tem participado de uma intensa programação, tendo tocado em festivais e clubes de jazz importantes em mais de 20 cidades da Espanha, Portugal, França, Alemanha, Dinamarca, Finlândia e Brasil. 

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Nascentes: primeiro álbum

Em 2019, o sexteto gravou seu primeiro álbum, o “Nascentes”, que foi lançado em 2020 e cujo nome representa um marco da carreira musical de Mariana. “Com essa banda, eu nasci enquanto líder, compositora, arranjadora. Foi um processo muito bonito de descoberta e de me sentir segura, amparada. A banda tem um papel muito importante na minha história musical.” 

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Duo 

Em 2020, durante a pandemia de covid-19, Mariana iniciou um duo com o pianista do sexteto, o alemão Johannes Von Ballestrem, a princípio, cada um de suas casas. O trabalho foi reconhecido com bolsas de estudo do Goethe-Institut e do Senado de Berlim que possibilitaram a gravação do primeiro CD do Duo, que será lançado em 2023. 

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Turnês e festivais

Após o arrefecimento do isolamento social causado nos anos anteriores devido à pandemia, o sexteto voltou a viajar e participar de importantes festivais pela Europa, o que segue realizando desde então. Os principais deles até agora foram:

Auditório de Espinho - Portugal (2022)

XJAZZ - Alemanha (2022)

Zig Zag Jazz Club - Alemanha (2016, 2018 e 2022)

Pori Jazz - Finlândia (2019)

Sunset Sunside - França (2019)
Metropolia University of Applied Sciences - Finlândia (2018 e 2019)

Copenhagen Jazz Festival - Dinamarca (2016 e 2018)

Bolsas e prêmios:

- Senado de Berlim (Alemanha, 2022)

- Edital FOCA - Fomento à Cultura Carioca (Brasil, 2022)

- Goethe Institute (Alemanha, 2021)

- Ibermusicas (Espanha, 2021)

- Prêmio Funarte RespirArte (Brasil, 2020)

- Prêmio Arte como Respiro (Brasil, 2020)

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